Kenshi
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História de Jogo: O Começo / Game Story: The Beginning
By ღMarcos Lover✩
"If you don't understand Portuguese, open the guide through Google Chrome, to enable the translator, good luck!"
Aqui eu descrevo em alguns detalhes, como foi minha primeira história ao jogar Kenshi. E mostro como a imaginação pode te levar muito longe, para jogar Kenshi, depende apenas de você!
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(1º) Os Primeiros Momentos

Esta é a história um pouco mais detalhada da minha análise de Kenshi, onde contei um pouco da jornada de Loverante, Lovera e Lovérke. Acrescentei diálogos entre os personagens, para dar uma ênfase mais inspiradora e também segui a história da maneira que o jogo acontece. Também haverão imagens dos personagens, infelizmente tirei poucas, mas fica legal ainda assim. Boa história amigos!


O Começo

Loverante era um humano, frágil, fraco e estava faminto, ele encontra Lovérke, um pequeno filhote de lobo que acabara de perder seus pais, decide cuidar dele, mesmo sem ter nada a oferecer, eles estão em uma antiga cidade, já arruínada. Noviço, ele explora o ambiente ao seu redor, começa a pensar, pensar em como ele era tão insignificante, e o que ele precisará fazer para sobreviver.

Kenshi é um mundo hostil e caótico, sobreviver ali não vai ser fácil, será necessário que ele cresça, evolua, se fortaleça. Loverante não possui dinheiro, e um trabalho honesto é quase impossível quando não se tem um investimento, e mais improvável ainda quando bandidos, aberrações e escravadores estão á espreita por uma única oportunidade, alguns apenas pela fome, outros pela ganância, aqueles que não se importam, e outros que buscam o poder de forma injusta. Loverante sabe que se quiser ter o que comer, ele terá de roubar, mas não roubará de pessoas trabalhadoras, ele buscará uma cidade, roubará daqueles que tiram vantagem e dominam, os injustos.

Na antiga cidade em ruínas, Loverante encontra jaulas espinhentas, escravos eram mantidos ali para o trabalho forçado, ele vê uma boa oportunidade para treinar suas habilidades de arrombo, mas só poderia fazer isso de dentro para fora, seria perigoso, mas como seu destino de ladrão era inevitável, e no momento estava sózinho, exceto pela companhia de Lovérke, que já rosnava por fome, decidiu aproveitar, então se trancou e começou.

Após um bom tempo preso e sem sucesso de saída... uma batalha: espadas, gritos, dor, sangue e suor do sol escaldante, acontecia ao redor da cidade, ficou preocupado, em sua situação, os inimigos se quer precisariam capturá-lo, pois já estava, sentiu uma leve sensação de desespero, mas não adiantaria de nada, se acalmou, teve foco, atenção, se concentrou e então, a fechadura se rompe. Era uma luta feroz, de longe avistou um homem cair morto, ali está uma oportunidade, Loverante se aproxima furtivamente, era um guerreiro treinado e forte, um rebelde, eles estavam lutando contra os soldados da Nação Sagrada, o maior reino de seres humanos em Kenshi, porém tinham pouco de humanidade, eram escravistas, preconceituosos e com uma religião rígida muito egoísta. O rebelde não sentiria falta de seus pertences, Loverante se contentou com o pouco que conseguira, sorrateiramente, aproveitando que ninguém o avia visto, foi embora, mas na volta, um membro da Nação Sagrada estava no caminho, ele caíra ferido e fora curado, estava se recuperando, blasfemava a situação, Loverante se lembrou das jaulas e aproveitou o seu inimigo inválido, queria que ele sentisse na pele o que fazia com os outros, o que é ter sua liberdade tirada de você.
- Você quer mesmo fazer isso mizeravium? A Nação jamais lhe perdoará!
- Eles não perdoarão o que não tem de ser perdoado, todos sofrerão o mesmo destino que você.
- Como ousa... se eu pudesse (tossindo sangue)... te esmagaria num instante depravadum!!
- Poupe seu fôlego, aqueles que dizem ser os escolhidos para a salvação, são os que mais merecem deixar de existir deste lugar, não permitirei que continuem causando dor e sofrimento às pessoas, eu irei mudar tudo isso!
- Já sendo trancado, se pensa que poderá fazer qualquer coisa contra o império, prepare-se, pois seu destinum são as minas, trabalhará sem comida até morrer e não poderá fazer nada, ninguém escapa de nós!
- Pode falar, mas ninguém virá lhe salvar, eu faço o meu destino. Boa sorte cabeça de lata.
(2º) Eles seguem em frente
Vivos, más, muito famintos

Longe de seus aliados, o soldado ficaria ali, se arranhando nas ferrugens ensanguentadas da jaula, até que se recupere, a cidade ficava distante de onde a batalha acontecia, e ninguém se dirigia até ela, não havia mais nada que valesse a pena, o escravista enjaulado poderia tentar escapar, mas se não conseguisse, ali seria a sua cova.

Após seu golpe de sorte e sua dura lição de moral, Loverante e Lovérke seguem rumo ao sudeste, onde haviam áreas férteis, infelizmente, era la o reino da Nação Sagrada. Para os sagrados, eles eram os escolhidos, aqueles cujo caminho era a pureza e a salvação, e aqueles não escolhidos, como mulheres e seres de outras raças, eram mortos ou escravizados.

[Loverante carregando Lovérke desmaiado de fome]

Chegam na cidade no outro dia, no caminho eles lidaram com bandidos, eram magrelos, pobres e famintos, usavam apenas um bastão de madeira, insignificantes, mas a situação de Loverante era bem pior, e Lovérke estava sendo carregado, desmaiado de fome, não comiam a dias, ele não tinha comida, mas sua nova arma e roupa chamavam a atenção, os bandidos, mesmo inúteis, estavam em maior número, Loverante não viu outra alternativa, soltou Lovérke e correu o máximo que pôde, distraindo e chamando todos, à um ponto ja estava cansado, sem energias, seria lixado e perderia tudo o que conseguira á pouco, já ia se preparando, não perderia nada sem lutar antes, os bandidos se aproximavam, até que uma patrulha da nação que estava perto avistou a situação... a maior das sortes! Os bandidos foram esmagados, e no fim, os soldados entregam um pouco de comida à Loverante, considerando-o um irmão e escolhido da nação, lhe mostraram a direção da cidade mais próxima.

[Loverante ataca os bandidos com a ajuda da patrulha, Lovérke observava de longe]

Para a desfortuna, a cidade mais próxima era bem longe, ainda mais quando mal conseguia se manter em pé e ainda carregava Lovérke, que conseguira resistir um pouco mais, um dia mais tarde ele chegou, e correu direto para a padaria, não tinha um tostão, e Lovérke já estava à beira da morte... a padaria estava vazia, e quando o vendedor se virou de costas, Loverante agarra tudo o que era de comer, também encontrou um kit de ataduras, na luta contra os já falecidos bandidos ele foi atingido e estava sangrando, rapidamente ele sai correndo sem ser notado e leva tudo para um beco, onde estava Lovérke, magro, sem forças quase para respirar, ali Loverante começou a fazer pontos, estacar sangue e enfaixar os ferimentos, dolorosamente, em si mesmo, enquanto Lovérke devorava tudo o que via.

Ele tinha chêgo na cidade sangrando e com uma aparência quase falecida, mesmo assim ninguém o havia ajudado, mas assim como aquele soldado que o alimentou, Loverante sabia que em algum lugar daquele mundo perturbado, existiam pessoas boas e amigas, manteve isso na cabeça, o motivou, ele sobreviveria hoje, para um dia poder viver. Ele ainda precisava de armas melhores, a sua era uma haste, um bastão com uma lâmina na ponta, vantajosa contra animais de quatro patas, mais ainda assim não era suficiente, precisava se proteger melhor, mas sem dinheiro, ele esperou anoitecer... Foi aí que as coisas mudaram, furtivamente ele abriu a porta da loja de equipamentos de combate, saqueou armas, armaduras, roupas e suprimentos, tudo o necessário para sua sobrevivência, tudo ocorria muito bem, não iria roubar mais por um bom tempo, assim foi, de porta em porta, levando apenas o que precisava, até que na última loja o comerciante acordou e deu o alerta, não havia para onde fugir, ele escondeu seus furtos e correu, mas os guardas o apanharam. Em seu julgamento, devem ter considerado a sua deplorável situação, então Loverante recebeu um aviso para não invadir propriedades, uma última chance de liberdade... ainda bem que não encontraram sua mochila!

Agora Loverante e Lovérke estavam nutridos e saciados, mas ainda eram fracos, precisavam melhorar. Seguiram para o Sul, aquelas eram uma das poucas terras verdes em Kenshi, o mundo fora devastado nos últimos milênios por uma guerra nuclear mundial, depois disso, os sobreviventes desenvolveram os seres mecânicos, robôs inteligentes, para ajudar a cuidar do restante do planeta, mal sabiam o que viria a mais... E a dupla continua, até encontrarem um rio, onde viviam ninhos de River Raptors, uma espécie de dinossauro mutante pequeno, onívoros, se alimentavam de cadáveres, e os fazendeiros locais os enfrentavam constantemente para defender suas plantações. Loverante decidiu montar uma estadia ali, viu a necessidade dos agricultores, eles produziam para a cidade, e caso os raptors devorassem sua colheita, passariam fome, e ele sabe melhor do que ninguém, o horror da fome... Ele os ajudará.

[Loverante e Lovérke descansam juntos em camas na fazenda, eles ficarão ali por um bom tempo]
(3º) A Fazenda
Não ficariam ali plantando comida, não mesmo...

A idéia deu certo, Loverante e Lovérke enfrentaram os bandos, juntos dos residentes locais, caíram ao chão algumas vezes, em outras, chegaram até perto da morte, os raptors eram muito ferozes, mas a cada vez que se levantavam, sua força aumentava. Porém ainda não era o suficiente, isto foi evidente quando um grupo de bandidos atacaram a fazenda, eram muitos, ele teria de fugir, mas o tempo que passara conhecendo e lutando lado a lado com os fazendeiros o fez mudar de ideia, ficaram!

Loverante e Lovérke seguraram bem suas posições, estavam derrotando vários bandidos, mas quando os agricultores caíram, sobraram apenas os dois contra todo o bando, seguiram lutando, logo o lobo caiu, e Loverante estava sendo atingido por todos os lados, já estava vendo o seu fim, claro que não assassinado, os bandidos queriam apenas roubar, mas ele sangraria até a morte logo mais, foi quando uma patrulha da Nação chegou, os bandidos deixaram Loverante no chão, não conseguiram fugir, todos foram dizimados, os soldados viram a situação como ja perdida, as pessoas estavam quase morrendo, mesmo tendo chances de salvação, eles não gastariam energia para cuidar e esperar a recuperação, queriam o trabalho executado já, friamente partiram e deixaram todos para morrer, substituiríam por outra mão de obra, assim seria o destino de todos, mas Loverante estava consciênte, levantou, se curou, cuidou de Lovérke, e se ocupou de tratar todos os feridos e deitá-los para repouso, suas habilidades como médico progrediam, todos sobreviveram.

Á partir daí, Loverante ja estava bem em forma, conseguia derrotar os raptors do rio com poucas lesões, a fazenda recebeu vários outros ataques de bandidos, mas eles já não eram páreos para a dupla homem e lobo, claro contando também os aldeões furiosos. Até que em um dia escaldante, uma imensa nuvem de poeira subiu ao ar, uma manada de raptors atacou, era a maior que ja se havia visto até então, deve-se por terem perdido sua fonte de comida, desta vez eles não queriam apenas as plantas, estavam insanos, famintos, seu alvo eram as pessoas, e então começou, eram cerca de três raptors para cada defensor, todos lutavam árduamente, os monstros querendo comer, os fazendeiros defendendo a sua comida, ao decorrer Lovérke cai, mas não antes de derrubar seus três adversários, os aldeões começam a cair um a um, o número para com Loverante e os últimos de pé apenas cresce.

Os últimos defensores eram quatro contando com Loverante, estes eram guardas contratados, e incrivelmente, mesmo com o grande número de raptors, eles foram derrotando um a um do mesmo jeito, até ali sobraram 10 raptors, eles investiram firmemente contra o último bando e conseguiram, todos habilidosos, principalmente Loverante, que treinou constantemente com os ataques dos últimos tempos, ele também empreitava caçadas aos animais selvagens. Mas as suas habilidades não seriam testadas simples assim, os raptors mal caíram derrotados e se ouviu "queremos a sua comida!!", uma horda de bandidos famintos corriam desesperados à fazenda, como sempre, eram fracos, mas muitos, estavam esperando a luta entre os raptors acabar para entrarem em cena, aproveitar que não haviam patrulhas da nação nem por muito longe, era a oportunidade perfeita para eles.

No auge da batalha contra uma manada de predadores, e agora uma horda de depravados loucos de fome, embora cansado e já ferido, muito pela adrenalina do momento, Loverante se lançou àcima deles, pondo todos para o chão, um a um, com tamanha ferocidade e tenacidade, todos os bandidos ficaram assustados, mas agora não havia para onde correr, eram muitos, mas serviram apenas de peso na pilha de corpos, todos lutaram bravamente, mas os guardas caíram, era um grande número, Loverante, o último de pé, ficou então a só contra os últimos bandidos, restaram cinco, e ele estava cercado, recebia golpes por trás, pela frente e pelos lados, e na maioria das vezes, todos de uma só vez, como aquele ataque dos bandidos em que fôra salvo, ali no meio daquela surra seria sua perdição...

Mas não! Ele não! Não se permitiu, se manteve em pé, ele queria ser forte, destemidamente ficou, resistiu à dor de cada golpe que lhe era inflingido, começou a se defender, a lâmina de haste balançava, seus reflexos se aguçavam, erguia a lâmina atrás às costas evitando uma pancada, depois inclinava à direita para bloquear outra, investia um golpe, ferindo o inimigo e tornava a se defender novamente, nesse ritmo ele seguiu, estava dançando entre espadas. Um á um, ele derrubou todos os bandidos, ali no meio dos ladrões, feras selvagens, o lobo e os fazendeiros, Loverante era o último de pé.

Dois dias mais tarde, todos ja conseguiam ficar de pé: "uma horda de bandidos depois da multidão de raptors?" muitos arregalavam os olhos, mas as pessoas apenas queriam seguir suas vidas, não houveram muitos méritos ao herói. Loverante agora estava amadurecendo, fazia não muito tempo que ele iniciou sua aventura junto de Lovérke, havia um enorme caminho à ser percorrido ainda, mas ele já sentia como se pudesse fazer a diferença no mundo, nem que fôsse apenas o mínimo. Permaneceu la por mais alguns dias, o local continuou recebendo as frequêntes visitas dos raptors do rio, mas sempre repelidos pela dupla homem e lobo, logo os fazendeiros iriam se virar sozinhos novamente, depois de tantas lutas eles estavam fortes o suficiente para defender a sua casa.

E Lovérke estava crescendo, ficando forte, rápido, e além de um predador por natureza, se tornava um lobo gentil, ele sentia quem era amigo e quem não era, Loverante o cercou de carinho e cuidou dele sempre, mas ainda com todos os caprichos, o mais importante era a sua preservação, a necessidade de ficar vivo, Lovérke era alegre e simpático quando e com quem queria, fora esses momentos, era sério, rígido, aprendera a ser duro com a vida dura, estava esperto à todos os movimentos, um cão atento. Já era a hora, a dupla agora estava mais preparada do que nunca para aceitar um novo desafio, queriam explorar o mundo!
(4º) O Necessário para Sobreviver
Roubar do rico para ficar com o pobre, certo? Errado? Necessário!

Os suprimentos que Loverante havia conseguido em seu último roubo, já acabaram, e com razão, tratando uma vila inteira e de seus constantes ferimentos nas lutas, ele havia comprado mais, conseguiu dinheiro vendendo os itens que havia roubado, faturou bem, mas tudo isso não durou com tantos acontecimentos na fazenda.

Loverante achou melhor conseguir melhores equipamentos antes de iniciar sua nova jornada, se despediu do comerciante fazendeiro e de todos e dirigiu-se à cidade, já fazia um bom tempo que não voltava la, foi conhecer os produtos do mercado, hoje haviam armamentos de excelênte qualidade, então foi apenas esperar o anoitecer... Chega a noite e Loverante já está se esgueirando, invade lojas, desvia dos guardas, passos leves para não acordar ou chamar a atenção de ninguém, o mínimo de ruído ao roubar os caixotes, ele estava ficando bom nisso, era necessário uma grande calma e paciência.

Ele conseguiu tudo o que queria e precisava, sairia de la farto, encontrara ótimas katanas e melhores defesas, ele pegou mais do que precisava, queria vender para levantar um capital. Tudo saiu bem, nenhum alarme, os injustos não sentiriam falta, então era hora de começar a jornada, mas ao chegar aos portões... Loverante é visto como suspeito, uma larga mochila durante a noite, exigiram uma revista, ele tenta tirar a atenção dos soldados, mas não houve maneira, todos os saques foram encontrados, dão a voz e Loverante tenta correr, mas já estava pesado, não foi muito longe e acaba sendo pêgo, se não fôsse por suas novas defesas, Loverante seria morto pelos pesados golpes dos guardas, eles usavam uma prancha laminada, era uma arma letal.

- Loverante grita, Lovérke! Fuja daqui rapaz, logo nos encontraremos, você precisa ir!
Lovérke rosna e fica para proteger Loverante, enfrentando os soldados, mas acaba no chão, sangrando... os guardas levam o ladrão e deixam o lobo para morrer.

Agora Loverante estava preso, e seu amigo sangrando até a morte, sabia que Lovérke não resistiria muito mais tempo, ele precisava agir imediatamente para salvar-lhe a vida, mesmo quase sem conseguir andar, quando viu uma brecha ele destrancou a jaula (valendo a pena ter se trancado no começo) e correu o mais rápido que pôde, quando chegou, Lovérke estava quase morto, perdera muito sangue, havia ficado ali por quase 10 horas agoniantes, Loverante já conseguia curar muito bem, os guardas confiscaram-lhe apenas as armas, ele tinha tudo o que precisava para salvar a vida de Lovérke, desinfetou e estacou os ferimentos o mais rápido que pôde, deixou em baixo de Lovérke alguns pedaços de carne e então *PÂM* tudo se apaga: em um golpe caiu ao chão e vários soldados cercaram-no, foi trazido de volta à sua jaula.
(5º) A Minha Liberdade!
Tudo pela Liberdade!

Vigiado frequêntemente, Loverante foi considerado perigoso, foi julgado e dessa vez, condenado à escravidão, encaixado numa caravana de escravos logo em seguida, se dirigiam às minas. Ele sabia que lá as chances para escapar eram quase nulas, já estavam em marcha, era agora ou nunca, ele então tentou fugir, mas com algemas pesadas foi pêgo rápido, os guardas da caravana o espancaram, a ponto de não conseguir andar, então foi trazido de volta à prisão da cidade para se recuperar, embarcaria na próxima caravana assim que estivesse melhor. Esta foi a sua dolorosa oportunidade, agora ele tinha de achar um modo de escapar da cidade junto de Lovérke, outra tarefa com pouquíssimas, mas possíveis, chances de sucesso.

Lovérke acordou recuperado, teve dificuldades para se mexer, mas segurou as últimas refeições deixadas para ele e se moveu, conseguiu encontrar um lugar onde dificilmente o notariam. Ele sabia que Loverante estava ali, talvez pelo seu olfato, ou sua intuição... mas era certeza que sua amizade por Loverante indicava tudo, então ele sentou e esperou, por seu amigo.

Loverante ja tinha se recuperado, mas por não haver escravos suficientes para montar uma caravana, ficou também em estado de espera. Agora lhe restava apenas calcular: estudou, analisou e observou constantemente, todas as possibilidades, todas as rotas de fuga, e além de tudo... Lovérke estava no plano também, este seria realmente um grande desafio, o lobo ja estava crescendo, e era um pouco difícil não ser notado, mas a amizade dos dois jamais seria abalada, sempre juntos! Chegou em uma conclusão, a melhor chance que ele tinha era se disfarçar como um soldado da nação para poder escapar, qualquer outra maneira para fugir era inviável, os muros eram altos, a única saída era os portões vigiados dia e noite, então a única escolha era correr o risco.

Começou a agir o mais rápido possível, ele precisava desmaiar algum soldado para roubar-te a vestimenta, seria difícil, eram todos fortes e treinados mas ele só tinha uma escolha: tentar, ele tentou uma quando um guarda estava a só, infelizmente foi notado se aproximando, não teve tanto impacto, acabou espancado, passou dias para se recuperar... e tentou de novo, desta vez o guarda caiu ao chão, mas outros ouviram a queda, ele correu de volta para a cela, pensaram que o guarda caído tinha desmaiado, e então a noite, quando todos dormiam, e ninguém vigiava, chegara o momento.

La fora Lovérke enfrentava a fome outra vez, já se passavam quatro dias e a comida tinha acabado, mas ele não podia sair da cidade, era considerado um animal perigoso, um lobo adolescente, já estava bem grande, era de se espantar, caso fôsse visto seria atacado, sem forças ele permaneceu, acreditava em Loverante, ele iria voltar!

Os guardas deram vigilância redobrada à Loverante, mas vacilaram durante a noite, assim ele sai, anda lentamente aos aposentos, nocauteou um guarda que dormia, o som da pancada fez cócegas no sono pesado dos outros, ele roubou suas vestes e sua prancha, levantou, e foi embora. Calmamente, era a chave para não levantar suspeitas, os soldados de plantão o olharam estranho...
- Loverante anda, Olá! Essa é minha primeira noite de vigília, está tudo em ordem!

Conseguiu passar por pouco, e assim saiu da delegacia. Apressou o passo procurando por seu amigo, em cada canto escuro da cidade, ele tinha que estar ali, e o encontrou, na hora um choque: Felicidade! Tristeza... Emocionado... ali Lovérke estava, rosnando um sorriso, magro, mal conseguia se levantar, Loverante o abraçou, os olhos lacrimejados...
- Eu voltei garoto, jamais irei te abandonar, nós vamos ficar sempre juntos, conseguiremos sair dessa! Conseguiremos Lovérke! Por favor, resista meu amigo!

Faltava muito pouco. Loverante o alimentou devagar, a ideia era levar Lovérke até o portão da cidade, e dizer que estava descartando o animal. Quando estava para pegá-lo nos ombros ouviu um alarme, só podia ser da sua fuga, Lovérke também ficou assustado, precisou ficar escondido por mais tempo;
- Não se preocupe, fique aqui, eu vou voltar, falta muito pouco para a gente conseguir.

Agora Loverante estava sendo caçado pela cidade inteira, precisaria se esconder, mas, onde? Uma ideia surgiu, ousadia pura, mas fazia sentido, ele apenas precisaria orar por Lovérke. Loverante se dirigiu à delegacia, meio apressado, em sintonia com a baderna que estava o local, policiais correndo para todos os lados, um prisioneiro escapar em uma cidade murada e fechada, esse era um golpe sério para a Nação,, mas Loverante se acostumou nessa vida de se esconder nas sombras, subiu as escadas do edifício, até o último andar, la ficou com uma vista livre para toda a cidade, dali ele podia ver Lovérke, cuidando de longe para caso algo acontecesse.

O alvoroço se espalhava por todo o lugar, revistavam lojas, casas e todos os cantos e ruas, exceto... a delegacia! Lovérke foi encontrado, mas ignorado, era um lobo à beira da morte, ninguém ligava, então do amanhecer até o atardecer foram incansáveis buscas, ás vezes Loverante espiava la de cima, ninguém desconfiava, a delegacia era o último lugar que buscariam, "se" buscariam, uma ideia esplêndida. Mais tarde Loverante foi considerado foragido, de alguma maneira ele fugiu pelos portões sem que ninguém o visse, então deram a ordem para sua busca por todo o território da nação sagrada pela próxima semana, patrulhas e mais patrulhas com o cartaz e descrição do suspeito. Quando a poeira abaixou e o avoroço acabou, a cidade mais calma, Loverante desceu. Lovérke sem força alguma, desnutrido e fraco, foi pêgo nos braços.
- Eu encontrei esse! O lobo estava junto do foragido, já cuidei dele, vou descartá-lo...

Assim ele passou pelos altos portões da cidade, não tentou conseguir nenhuma comida, apenas queria dar o fora dali, antes que alguém o descobrisse. E agora a dupla só precisava sair daquelas terras o mais rápido possível, mas antes, eles não podiam morrer de fome.
(6º) Amor e Amizade
"Mas algo aconteceu, ou melhor, alguém!"

O dono do armazém ficaria ali sangrando até morrer ou até alguém o encontrar. Ele viu o homem roubando e correra para chamar ajuda, infelizmente se Loverante fôsse pêgo outra vez, não teria mais volta, então num golpe rápido e sangrento ele nocauteou o comerciante.

Loverante não era um assassino, apenas queria viver, cuidou do desafortunado e deitou-o em uma cama, fechou a porta da loja e foi embora, não era comum um soldado andando sozinho, o seu disfarce logo seria revelado, muitos o encaravam, conseguiu alimentar Lovérke, mas o pobre coitado, ainda estava muito debilitado, não conseguia se manter de pé até então, foi uma viagem mortífera, sem comida e sob um sol escaldante, quase sucumbindo, milagrosamente eles chegaram àquela vila.

Agora Loverante era um ex-escravo foragido, procurado, ele estava no centro das terras da Nação Sagrada, com pouca comida, e sendo caçado por todos, o disfarce o havia salvado até então. Precisava urgêntemente fugir dali, mas não sem comida, não podia recorrer ajuda à lugar e pessoa alguma, não podia comprar e também não tinha chances para roubar, se fôsse pêgo novamente, nunca mais seria livre. Mas com a comida acabando, Lovérke morrendo, ele não tinha outra escolha, precisava se arriscar, precisava tentar.

E assim foi, avistaram uma cidade, e Lovérke ficou às redondezas com os últimos pedaços de carne, era a última refeição. Já de noite, Loverante disfarçado, se infiltrou muito bem na cidade, precisaria sair de la ainda á noite, ele saqueou a cidade, roubou suprimentos e equipamentos, mas com certeza, mais suprimentos, estava cheio, poderia partir dali com Lovérke e se manteriam bem por um longo tempo, mas algo aconteceu, ou melhor, alguém.

[Loverante com Lovérke, famintos, próximos à cidade, essa era a única chance para sobreviverem, para viverem...]

Loverante estava num bar buscando informações, foi quando a viu, e ela o viu também, seu nome era Lovera, estava buscando um grupo para se juntar e explorar o mundo, queria sair dali, Loverante sabia do risco, mas no primeiro olhar, os dois se gostaram, ele se aproximou...
- Oi, desculpe, eu preciso saber o seu nome moça...
- Mas que jeito, é um pouco rúde perguntar o nome de alguém sem se apresentar antes.
- Ha, me chamo Lov... meu nome não é importante!
- Loverante não é? Todos sabem de você, só acho que desenharam seu rosto mais fino na folha. Loverante fica pálido. - Não se preocupe, não vou contar, só quero ir embora desse lugar.
- Mas como... ninguém me descobriu até agora!
- Um soldado sozinho e com a armadura larga no corpo entrando no bar, isso não é nem um pouco frequênte por aqui.
- Bom, de fato não é nem um pouco confortável, é pesado... ah, então você conhece bem a cidade.
- Desde pequena, nunca foi-me permitido conhecer além dessas terras.
- Isso é horrível, mesmo que o mundo la fora esteja um caos, a liberdade é tudo, os Sagrados não podem fazer isso.
- Eles podem, e usam da força bruta para isso, mas estou farta, quero saber do mundo, fugirei e irei, nem que morra para isso.
- O mundo vai mudar! Permita-me outra vez, me chamo Loverante.
- Lovera. E ele suavemente beija suas mãos pequenas.
- Eu gostei de você Lovera, (ainda segurando as mãos pequenas) tenho um amigo me esperando la fora, pode notar que minha bagagem está cheia, estamos de partida, adoraria que viesse conosco.
- Loverante, eu irei! Se você diz que o mundo vai mudar, eu quero ver isso acontecer, e não deixo de dizer, você é encantador...
Os dois riem e continuam conversando, mas a tarde da noite chega, devem apressar o passo.

Agora os riscos aumentaram, Lovera vista junto de Loverante, também seria caçada, e o pior, ela não possuía nenhum disfarce, a noite ja estava acabando, conseguiram se esqueirar até por perto do portão, mas os guardas a viriam saindo, só tinham uma alternativa, correr, correr sem parar, os guardas eram rápidos e ágeis, Loverante sabia que ela seria pêga, mas não havia alternativa, o sol já estava lançando seus primeiros raios da manhã, e há noite ninguém podia sair.
- Loverante disse, corra, eles vão te capturar, mas não se preocupe, estarei la!
- Tudo bem, é bom que esteja, confiarei em você...

Lovera tinha uma vida muito sofrida por conta de seu sexo, na Nação Sagrada as mulheres são consideradas malígnas e algumas, como ela, tinham a chance de se "redimir", obedecendo e servindo os mestres, ou então eram escravizadas, eliminadas após sua serventia de reprodução...

Ela saiu primeiro, pois um salto à frente dos guardas e correu, ela tinha a ideia de fingir tropeçar e ser apanhada, Loverante usaria seu álibi para carregá-la, mas de longe ela avistou, uma matilha de grandes e ferozes lobos, da raça de Lovérke, esses animais quando selvagens dilaceram qualquer corpo com carne que encontram, muito arriscado, mas ela os gritou, vieram correndo, enormes presas para cravar em carne humana, eram rápidos, soldados atrás e lobos à frente, Lovera no meio do choque que ia acontecer, saltou para o lado, foi uma pancada, a matilha saltou nos soldados, vorazes, os lobos atacavam as pernas e mordiam dolorosamente, mas os homens vestiam roupas rígidas, e estavam dando conta dos animais, em meio à confusão, Lovera aproveita para se livrar, Loverante solta as armaduras e começa a correr atrás dela, os soldados gritam, mas nada podiam fazer, e assim, la se vão dois fugitivos...

Logo mais tarde, estavam apressados, Lovérke nota uma presença diferente chegando e fica curioso, diferente de Lovera, que vendo a agressividade dos lobos tão pouco, já fica assustada, mas Loverante toca-a:
- Não se preocupe, ele só morde quem faz o mal, estará mais segura com ele do que imagina.
- Você... tem certeza? ... estava bem desconfiada.
- Venha ver por conta própria. Lovérke garoto! Tenho uma amiga para apresentar à você!
- Oi rapaz, eu sou a Lover... - Lovérke se esforça e estende a cabeça na mão de Lovera, ela fica surpresa.
- Vá em frente - motiva Loverante.
- Ela o acaricia - ora, mas você é uma gracinha, que garoto mais bonito!
Loverante se apoia ao lado e pôe suas mãos sobre Lovérke.
- A Lovera vai nos acompanhar agora rapaz, vamos cuidar dela como cuidamos um do outro.

Ficaram os três naquele momento, Lovera sentia como Lovérke estava desnutrido, e insistiu em alimentá-lo com seu carinho, Loverante fazia o mesmo e em certo momento as mãos dos dois se tocam, surpresos eles se olham por alguns segundos, sem desencostar suas mãos... os dois sorriem.
- Acho que devemos ir - Loverante dá palavra ao ar.
- Eu concordo... logo os soldados chegarão. Mas, e Lovérke? Ele mal consegue ficar em pé...
- Ele virá em meus ombros, eu posso carregar ele e as malas.
- Eu carregarei as malas, e não tente me convencer do contrário!
"Quase sem palavras", Loverante conclui - tudo bem.
(7º) Sangue, Parte I
Encharque... um banho de sangue...

- Para onde vamos? Pergunta Lovera, um pouco desgastada de tanto chão andado.
- Para o sudoeste, eu vi num mapa que nessa direção existem cidades, acho que pode ser um bom lugar para nos estabelecer...
- La é onde vivem os sheks!
- Sheks? Quem são?
- Um povo meio humano, mas transformados, seus ossos se formam por todo seu corpo, e crescem chifres em suas cabeças
- Aaah sim, então "estes" são os sheks, agora compreendo
- Você nunca viu um?
- Nas últimas semanas sim, na caravana rumo às minas, mas durou pouco, eu tentei fugir o quanto antes, quase mal me lembrava
- Então foi assim que se tornou o escravo fugido que todos tanto procuram...
- Era ser procurado ou perder a vida
- Eu lamento duramente essa situação, os cidadãos da Nação vivem às custas dessas pobres pessoas, eu sei bem...
- Eles forçavam vocês a fazerem isso não é Lovera?
- Não tínhamos outra opção, aqueles que vão contra às ideias do Lorde Fênix são exilados, escravizados e ás vezes, digamos assim... "libertados"
- Entendo... veja, você literalmente correu pela sua liberdade, foi bom, e eu corri junto com você... estamos livres agora, nós voltaremos um dia
- Não queria ter corrido, aqueles homens lata... são tão cruéis, se gabam de sua posição, dizem lutar por Okran, mas apenas adotaram isso para se sentirem no direito de controlar vidas... eu via como tratavam os escravos, sempre com chutes e palavras de ordem... pobres pessoas...
- Lovera, nós vamos libertá-los um dia, e todos que sofrem na mão desses injustos também. Eles têm um exército inteiro, mas ficaremos fortes, quero que fique comigo
- Tudo bem, confio em você Loverante, peço que me ajude a superá-los, quero ter a mesma coragem que você tem
- Humhumhum, vem, eu posso te mostrar alguns movimentos, o mais importante é você se defender, resistir aos golpes...

E assim eles seguiram, cada passo que o trio dava longe da Nação Sagrada era um alívio, ao mesmo tempo que o clima ia se ressecando, as zonas dos Sheks eram áridas, sem água, sem vegetação, era apenas terra, sol e pedra, de fato eram um povo muito forte, acostumados àquela vida dura, raça guerreira! E mesmo em uma terra perigosa, sem qualidade de vida e sozinhos, eles eram livres!

Loverante sabia que não seria fácil, mas a ideia era justamente essa, ele queria sentir a dureza da vida, para se tornar duro também. Num caminho entre o declívio de duas montanhas, o ar estava parado, o tempo começa a parar também, Loverante sente uma estranha impressão, calmo demais...
- Pare!
- O que foi Loverante?
As orelhas de Lovérke se erguem, atento...
- Algo está errado...
Lovérke olha para a montanha e começa a rosnar, um grupo dos bandidos famintos desciam correndo em direção ao trio.
- É isso! Lovera, empunhe sua espada, mantenha sua posição, fique ao lado do Lovérke, ele vai te auxiliar...
- Que droga... tudo bem, como você disse, a melhor professora é a experiência.
- Sim! Defenda-se!
"Nos deem a sua comida!
"Queremos comidaaa!"
"Só três, isso vai ser fácil!"
"Não vamos passar fome hoje!"
"Matem eles"

A fome pode trazer ideias horríveis às mentes perturbadas... com canos enferrujados os famintos avançam contra o trio,

Loverante se joga em ataque aos primeiros, Lovérke crava suas presas enormes à quem tenta se aproximar, e Lovera é atacada por dois deles, com dificuldade ela reflete sua lâmina às pauladas, recebendo um duro golpe nas costelas...
"He he he, parece que você não vai muito longe ruiva bonitinha..."
Loverante e Lovérke estavam cercados, Lovera se pôe de pé...
- Eu quero ver!!

Eles á atacam ao mesmo tempo, ela defende, e ao deslizar no choque das armas, sua lâmina abre o peito do bandido, jorra-se sangue nela e em toda parte. Ela conseguia sentir aquela dor, mas sabia... "se não for ele, será eu..." e seguido do grito ensurdecedor do homem, ela estaca sua katana no outro bandido, em seguida de quando puxa a espada, põe um fim aos gritos dolorosos do ensanguentado...
Loverante já terminado corria de volta à ela.
- Lovera...!
- Loverante... eu fiz isso... eu os matei...
- Ele aproxima... calma, você está machucada, encharcada... venha, vamos dar espaço deles, precisamos te limpar...
- Por que me forçaram a fazer aquilo? Ela chorava...
- Eles estavam desesperados pela fome, já não tinham controle de suas emoções, de suas razões, matariam até uma criança se pudessem se alimentar...
- Loverante...
- À abraça forte, calma minha querida, você conseguiu, está viva, está respirando, foi preciso, nós precisamos fazer isso para sobreviver aqui, seremos mortos se não dermos o primeiro passo
- Eu entendo...
- Veja, sei que chegará um dia onde não será mais preciso, apenas fique comigo, você conseguiu...
Lovérke estava sentado ao lado dos dois.
- Tudo bem, fico com você Loverante, me abrace por favor...
(8º) Sangue, Parte II
Em Kenshi, se você não matar, será morto, ou até pior...

"Me ajude, por favor..."
Um dos bandidos sobrevivera, tinha sido nocauteado por Loverante. Os dois abraçados ouvindo se apressam.
- Você, se acalme. Loverante erguia a cabeça dele - enquanto Lovera trazia o kit de primeiros socorros. - isso não deveria ser assim, vocês não nos deram escolha!
Os dois o enfaxavam.
- Ele está consciente, merece uma segunda chance, vamos deixá-lo com água e comida, talvez consiga sair dessa vivo...

Então ouvem berros: "andem homens!" Uma patrulha se aproximava, os três se escondem atrás de rochas e observam.
"Vejam issum! Estão inválidums, mas que azar!"
- Falando baixo, Loverante, eles são caçadores de escravos da Nação Sagrada
- Estou vendo...
"Vasculhem pelos corpums, encontrem algum que respire!"
- O homem que poupamos... será melhor ele morrer do que cair na mão desses mizeráveis!
- Acho que não podemos fazer nada perante isso Loverante, eles estão em... um, dois, oito! E já está escurecendo, vamos aproveitar que não nos viram, vamos embora
Lovérke mancando rosnava.
- Não podemos permitir isso, fique com o Lovérke, eu vou cuidar deles
- Mas Loverante, são muitos, se eles te verem irão...
- Não verão!

"Droga, a maioria já está morrendum, quem foi o mizeravium que fez isso!"
Loverante se apressa, enquanto estavam todos separados, agilmente no escuro, ele derruba um a um, estes não eram tão grandes quanto os soldados da Nação, então foi fácil. Loverante escondia as armas de cada escravador que caía ao chão.
"Aqui! Tem um respirandum!"
Os quatro primeiros já caíram, agora os últimos quatro estavam juntos, em volta do único sobrevivente.
"Há! Enfaixaram ele, já nos pouparam o trabalho, vamos apenas levar o idiotum"
"Não! Espere, isso foi recente, veja que o sangue está apenas umidecendo as faixas, quem fez isso está por perto..."

Era agora ou nunca, se os escravistas desconfiassem, começariam a procurar, e tudo iria por água á baixo, Loverante aparece atrás de dois.
"Quem é esse!"
Ele desmaia um...
"O que? Quem..." Este vai ao chão também
"Impostorum! Pegue ele!"

Agora Loverante estava contra os últimos dois, ele precisaria dar tudo de si para ter uma chance.
"Ele está possuidum pelas máquinas, vamos prender esse demônium e jogá-lo nas minas"

Mas eis que Lovera e Lovérke aparecem, obrigando o segundo escravista á desviar sua atenção. E assim Loverante fica no mano-a-mano.
"Você vai se arrepender por isso possuidum!"
- Com um sorriso desafiante no rosto, tente fazer eu me arrepender então.
Assim eles lutam, Loverante e o escravista lutavam bem equiparados, seria uma luta demorada.

Enquanto isso, Lovera passava dificuldades, o seu oponente havia acertado um golpe em Lovérke, que o lançou longe, deixando-a sozinha, ele á estava acertando rigidamente com um bastão, os escravistas os usam para nocautear o inimigo, sem tirar-lhe a vida, ela não estava preparada, não conseguia se defender aos ataques, estava já cambaleando, mas num último esforço, quando o adversário abaixou a guarda, Lovera atacou, um impulso de destreza, o fatiou completamente, ele mal conseguiu desviar de sua agilidade, mas suas vestes o protegeram, ficou ainda de pé no final, completamente rasgado e arranhado, ensanguentado, furioso ele vai pra cima de Lovera, já fraca e quase incapacitada, numa pancada à lança ao chão, iria espancá-la, Loverante viu, e estava ciente do que ia acontecer, precisou continuar a luta com o escravista.

Lovera estava prestes a ser covardemente atacada, o escravista levantava seu bastão para acertá-la, ela fecha os olhos... o tempo passa, nada acontece... ela abre os olhos, la está o escravista em pé, parado, e Lovérke no ar! Pendurado, cravando suas presas no pescoço do homem mal, ele salta, e o homem cai morto ao chão.
- Lovérke... ela o abraça - quase sem forças - ... obrigada!

Lovérke recebe as carícias, mas corre ajudar Loverante. Já estava cansado, ele se sobressaia na batalha, ágil na espada, mas mesmo assim, estava sendo uma luta árdua, o lobo chega num pulo em cima do adversário de Loverante, sangrentamente esfolando-o com agressividade, assim a luta acaba...
- Lovérke! Estava tudo sob controle rapaz!

Porém não estava, Lovérke larga o corpo, e posicionado, torna a rosnar, aqueles nocauteados já se levantaram, estavam cercando Loverante, seis homens desarmados contra uma longa katana e longas presas afiadas, ainda bem Lovérke aparecer a tempo, e agora mesmo assim, como se não houvessem nada a perder, eles atacam.

Mas sem chances, embora a vantagem numérica fôsse nítida, Loverante definira um limite de aproximação, seus sentidos e reflexos já se tornavam mais agúçados, assim, qualquer e quaisquer que tentaram ultrapassar a barreira, fora fatiado, além do lobo gigante, estraçalhava qualquer um.

Loverante começa a cuidar dos ferimentos, estavam todos muito machucados, foram duas lutas seguidas, Lovera conseguia ficar de pé, bastante debilitada, seus combates haviam sido incapacitantes...
- Lovera, eu vi você, obrigado por ter vindo me ajudar
Lovérke o encara...
- Aaaah você também garoto! Vem cá rapaz. O abraça e o acaricia bastante.
- Ela faz o mesmo, com certeza eu fui, não ficaria parada, e Lovérke, você é incrível de verdade menino, me salvou!
- Estava vendo de longe, lutou muito bem, eu sabia que ele podia te proteger
- Todos podemos, cuidamos um do outro não é?!
Loverante ri um tanto quanto eufóricamente.
- Certamente sua linda!

Saquearam os pertences dos escravistas, eles tinham bons elmos, o que serviria-lhes muito bem, também saquearam seus kits de medicamentos, deixando os sobreviventes à mercê de sua sorte. O bandido continuára ali, se recuperando e com alguns suprimentos. Assim, com uma sensação de bom trabalho, de um bem realizado para o mundo, o trio segue seu caminho. Eles encontraram um bar no meio da caminhada no deserto, haviam camas, ali ficaram.

[Os três descansam nas camas do bar desértico]
(9º) Um Roubo Honesto
Aquele que rouba para sobreviver, merece piedade...

Após descansados da última noite emocionante, os três continuam. Num sol aniquilador naquele clima seco, até que chegam á uma cidade dos Sheeks, corpo humano, mas grossos, grandes e ossados, já na entrada são vistos com maus olhos...
"Pele-lisa indigno! Conseguiu chegar até aqui vivo, vocês deram sorte!"

Loverante afirma com a cabeça para Lovera e Lovérke, eles entram, sem dizer nada. Enquanto passam, todos murmuravam, os acusavam...
"Aí está mais um pele-lisa..."
"Primeiro perdemos nossas cidades, agora temos que aturar esses fracotes, vão querer tirar nossa dignidade também?"
Continuam, até que são parados por um soldado, desafiando Loverante à um duelo.
- Me prove do que é capaz humano!
- Não tenho nada á provar seu maluco!
- Há! Como esperado, é apenas um ser fraco, sem força, sem coragem, sem honra!
- Que honra há em desperdiçar uma vida pela bobagem de decidir quem é o mais forte?
- Chamou isso de bobagem pele-lisa?! Ele já sacava sua enorme espada.

Loverante deposita seus dedos sobre a katana, se preparando, então Lovera segura a sua mão, balançando a cabeça...
- Acha que vai ser salvo? Defenda-se ou será partido ao meio!

Foi quando um bando de bandidos investiu na cidade, interrompendo os dois. Estavam desesperados, eram muitos para os guardas do portão segurar, como uma coisa normal, os sheeks em volta apenas observavam enquanto os guardas destruíam os ladrões. O trio decidiu ajudar, mesmo em grande número, os bandidos não deram conta, ali seria apenas o ponto final para eles. No fim, Loverante olhou fixo para o soldado brigão, que já guardava sua arma e ia indo embora, insatisfeito. Então se dirigiram ao bar mais próximo para descansar.

Exploraram a cidade, a noite já se aproximava, Loverante decidiu conseguir alguns suprimentos antes de ir embora, se preparar bem para continuar a viagem, então a noite chega, Lovera e Lovérke ficam na rua vigiando e ele já está se esgueirando. Pegou bastante comida e medicamentos, e passando por todas as lojas, nenhuma tinha nada de útil, até que chegou na loja de armaduras, esta era a última, um verdadeiro tesouro, no primeiro estoque aberto já encontrava equipamentos de ótima qualidade, com aquilo, ele poderia usar e também vender, que lhe valeria muito, sairia da cidade afortunado.

Loverante ainda queria mais do que aquilo, era um prédio alto, de quatro andares, certamente, uma mina de ouro (que no caso, era um minério pouco conhecido em Kenshi). Todos la dormiam, exceto por um guarda, que checando as instalações quase surpreendeu Loverante, estava abrindo uma fechadura de um baú pesado no momento, quando ele ouviu os passos, rapidamente se escondeu no escuro, o guarda passou, não viu nada, e então foi dormir. Assim o ladrão volta à ativa, andar por andar, riqueza por riqueza, claro que não se tratava de dinheiro, mas ter um bom equipamento, pode lhe salvar a vida, ainda mais agora com Lovera, ela precisava muito das proteções, ele se preocupava, queria o melhor dela. Assim seguiu, chegou no último andar, la estava o dono comerciante, ele tinha dois baús enormes ao lado de sua cama, e vestia um sobretudo altamente resistente, próximo desse quarto, dormia os outros guardas, muito arriscado, mas o risco valia a pena.

O dono foi desmaiado silenciosamente, Loverante vestiu suas roupas e ao abrir os baús, encontrou outra roupa igualzinha, além de proteções leves e confortáveis muito superiores à que ele e Lovera usavam, e que agora, os dois as usariam mesmo. Com a sorte em mãos e passos leves, ele vai descendo as escadas, até sair e se encontrar com seus amigos, agora estavam cheios, muitos recursos e bem equipados, estavam preparados para enfrentar o mundo la fora!

Lovera fica chocada com tudo o que ele conseguira.
- Loverante! Eles vão nos amaldiçoar eternamente por isso!
- Ei, não se preocupe, eu deixei uma mensagem de gratidão, um dia nós devolveremos
- Uma mensagem... espero que eles entendam...
- Está tudo bem, veja isso como uma doação dos sheeks para nós
- Ai... ok, consigo sentir a gratidão pelo que nos ofereceram, mesmo que involuntariamente...
Ele ri.
- Vamos logo seu bobo, é melhor irmos enquanto ainda está escuro
- Sim, vamos nos apressar e sair logo daqui
- Certo, mas um dia voltaremos para retribuir a "doação"!
- Ha ha! Certamente que sim.
Ao chegarem aos portões da cidade, eles são barrados:
- Parem humanos! O que fazem aqui á essa hora da noite?
- Estamos de partida companheiro
- Têm muita coragem para saírem sozinhos por essas terras
- Há, é o que mais temos!
- Vejo que tem muita coisa na sua bagagem também, quero ver o que carregam
- Acho que não tem necessidade para isso, somos apenas andarilhos
- Abram as mochilas agora!
- Uou uou uou! Tudo bem amigo...
Olhando confiantemente para Lovera, os dois abrem as mochilas.
- Mas quanta coisa vocês tem ai!
- Nós precisamos, é uma viagem difícil por essas redondezas, viemos até aqui justamente para nos abastecer
- E se abasteceram muito bem mesmo! Me diga mizerável, onde arrumou dinheiro para comprar tudo isso?
Lovera não consegue dizer nada (será que funcionaria?)...
- Loverante olha nos olhos do soldado: nós não temos dinheiro para comprar nada disso
O guarda já vai criando posição de ataque...
- Mas! Temos dignidade! Os comerciantes nos ajudaram pela nossa causa
- Um tanto surpreso... que causa humano?
- Nós pretendemos libertar esse mundo da Nação Sagrada, as pessoas da cidade nos ajudaram para isso, é o nosso maior objetivo
Rindo quase que aos gritos, o soldado dá um tapa na costa de Loverante.
- Há há! Qualquer um que queira o fim da Nação é bem vindo para a gente, siga em frente humano! Desafiando a sua própria raça, vejo coragem em seus olhos, vá embora daqui, que a honra esteja com você.
- E o amor esteja com você sheek!

Assim os três vão embora.
- Loverante... o que aconteceu la?
- (rindo) Apenas a verdade Lovera! Agora corre, quando os comerciantes acordarem, será um escândalo, eles vão saber que fomos nós.
- Eu não acredito nisso...

[Eles partem da cidade sheek rapidamente, com novas roupas]
(10º) O Começo, de um Amor
O Amor...

Escurecendo, após um dia inteiro andando esmagados pelo sol, o trio se aproximava de uma antiga cidade, arruinada.
- Está tudo destruído, que desperdício...
- Deve ter sido aqui, suspeita Lovera
- O que?
- Deve ser uma das cidades sheek destruídas pela Nação, eles se enfrentaram não faz muito tempo, a vitória foi da Nação
- Caramba, mas os sheks são fortes, como pôde ter acontecido assim!
- Eu ouvi alguns soldados semanas mais tarde, eles se gabavam de como a luta tinha sido fácil, parece que os sheks estavam em menor número, até que sua líder declarou a rendição
- Ah! Você lembra la no bar?
- O quê?
- Tinha um grupo em uma mesa, falando sobre Kral
- Ah verdade! Que se rebeliaram com a morte dele, já ouvi seu nome antigamente, foi dito que ele enfrentou sozinho um exército da Nação Sagrada
- Uou...
- Sim, ele derrubou muitos, mas la foi o seu fim...
- Apenas um contra o exército...
- Há, me lembrou de você, como aquele dia no meio do fervo de bandidos, na emboscada
- Senti isso...
- Talvez tenha sido isso Loverante
- Tem razão, talvez algo com a morte de Kral causou toda essa confusão no reino Sheek
- Acredito que descobriremos mais enquanto estivermos nessas terras
- Sim, mas mesmo assim, com a vitória em mãos, a Nação fez o que fez... mizeráveis
- É eu sei...
- Vamos montar acampamento em uma dessas casas
- Sim! Não estou aguentando mais, sinto como se a alma estivesse saindo do corpo
- Ha ha, não! Chegamos até aqui inteiros e vivos, vamos descansar

Então ali montaram, três colchões, uma fogueira, e bastante carne, a casa era destelhada, então tinham uma bela vista para o céu estrelado. Eles comeram, Lovérke já tinha se confortado, e dormia profundamente, como uma pedra.

[Eles descansam, ou ao menos tentam]

Não conseguiram dormir, então ali estavam os dois, sentados, olhando para a fogueira, se olhavam... o silêncio já estava ficando constrangedor.
- Você não acha engraçado?
- O quê Loverante?
- O céu, ele é tão bonito e iluminado, enquanto a nossa terra é tão árida e sem vida...
- Eu acho triste...
E o silêncio retorna. Apenas por alguns segundos.
- Ela o olha, Loverante...
- Sim?
- Eu nunca lhe disse...
- Com um friozinho na barriga, o que Lovera?
- Eu te sou muito grata por ter me trazido com você
- Ele sorri, então se aproxima e senta ao lado dela, eu também nunca lhe disse, você me fez muito feliz vindo conosco, comigo...
Ela da um sorriso disfarçando o olhar para os lados, tímida...
- Loverante empurra ela com os ombros devagar, ei, você é uma pessoa muito especial Lovera, acredito que os nossos caminhos se cruzaram por um grande motivo
- Você... acha isso?
- Sim, de verdade, eu gosto de você, desde a primeira vez que te vi sentada naquele bar, meu coração palpita forte!
- Loverante...! Quão feliz fico ouvir isso de você, eu também te gosto, muito! Tão mal disfarçado... somente eu te reconheci no meio de tanta gente, sei que não foi por acaso, meu coração está batendo forte!
Eles sorriem juntos, seus olhares se encontram, ele se aproxima, suas mãos se encostam...
- Tocando a sua face macia... Lovera, fique comigo, me deixe senti-la
- Fica comigo Loverante, eu quero senti-lo...

Lentamente eles vão de encontro um ao outro, seus olhos se fecham, e acontece - o primeiro toque... um beijo! - uma sintonia inexplicável, uma sensação de paz, amor, uma paixão tão forte, enlaçando, fluindo, correndo por vossos corpos, eles estão felizes! E ficam naquele momento como se o tempo parasse, abraçados, respirando fundo, se deitam, suas bocas unidas, seus lábios tomando forma juntos, 'eles' estão juntos, sob a luz das estrelas, agora sentindo o amor, seus corações estão selados, um ao outro.


[Nesta noite não tirei uma foto dos dois juntos, mas eles estavam exatamente assim]
O Que Viria Pela Frente...
Era bem desafiador



12 Comments
ღMarcos Lover✩  [author] 13 Feb, 2023 @ 5:44pm 
Nossa, que delícia de lembrar a continuação dessa história cara... Não sei quando disporei essa maravilha em palavras, mas é assim, vocês ficariam maravilhados kkk
ღMarcos Lover✩  [author] 12 Feb, 2023 @ 10:32am 
Assim o pae fica tímido :DMcool:
jarasam 12 Feb, 2023 @ 12:03am 
mdssss eu li so agrrrrrr dps de 3 anos que deprê,
mas ta mt bom parabéns quero a continuaçãoooo se possivel te admiro homemmmmm
ღMarcos Lover✩  [author] 7 Feb, 2023 @ 3:59pm 
Contente que tenha gostado, obrigadão! Qualquer hora sai a continuação desse romance hehe :LIS_pixel_heart::csgostar:
Desorder 7 Feb, 2023 @ 3:56am 
Muito bom, quero a continuação se possível kk
ღMarcos Lover✩  [author] 12 Oct, 2019 @ 1:55pm 
partes sete, oito, nove e dez adicionadas ooohw yyyeaaaaaahhhhh, ficou muito legal, aposto que vai dar uma boa viagem - 12/10/2019
ღMarcos Lover✩  [author] 9 Oct, 2019 @ 1:36pm 
próxima parte está quase pronta, anunciarei aqui logo logo
ღMarcos Lover✩  [author] 5 Oct, 2019 @ 7:04am 
ô amigo Tond, muito obrigado pela consideração. Estou preparando a continuação desse... "romance/gameplay" ai kkkk, agradeço fortemente o apoio parceiro, esse é só o começo da história, o amor, a paz e a amizade sempre prevalecem
Filipert_ 4 Oct, 2019 @ 8:51pm 
Marcos, incrível sua história. É rica e tão cheia de detalhes que chega a impressionar. Sem contar que você leva muito jeito na escrita. Parabéns!
ღMarcos Lover✩  [author] 28 Sep, 2019 @ 3:13pm 
kkkk pô véi, tem um personagem que se chama "Loverino", quem sabe da pra incluir ele na história em... eheheheh, tão pretendendo lançar o Kenshi 2, bem mais upado pelo que parece, da pra fazer bastante coisa la em...